Museu das Amazônias será aberto ao público em Belém
Museu das Amazônias Agência Brasil O Museu das Amazônias (MAZ) será inaugurado para o público no próximo sábado (4), no Complexo Porto Futuro ll, em Bel...

Museu das Amazônias Agência Brasil O Museu das Amazônias (MAZ) será inaugurado para o público no próximo sábado (4), no Complexo Porto Futuro ll, em Belém. O Museu Paraense Emílio Goeldi, referência em pesquisa científica na Amazônia há quase 160 anos, foi convidado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a colaborar na entrega do MAZ. Segundo o Goeldi, a instituição criou um comitê técnico-científico interno para participar das etapas de consulta a outras instituições, indicar pesquisadores e definir temáticas. A equipe também contribuiu na formulação da missão e visão do MAZ, além de fornecer orientações para o setor educativo e colaborar na elaboração do Plano Museológico. Clique e siga o canal do g1 Pará no WhatsApp O trabalho foi realizado por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). O diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Júnior, afirma que o novo museu nasce com a missão de democratizar e ampliar o acesso ao conhecimento sobre a região. "O MAZ promoverá também a conservação e o protagonismo local, por meio de experiências inovadoras, em sintonia com a trajetória do Museu Goeldi, que há mais de um século e meio cumpre esse papel e agora o reforça, ao participar ativamente da criação deste novo equipamento cultural", disse. Comitê científico Como unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Museu Paraense Emílio Goeldi segue os ritos de uma instituição pública federal. No contexto da inauguração do Museu das Amazônias (MAZ), a Portaria MPEG 339/2024 instituiu o Comitê Interno de Assessoramento para Implementação do MAZ, que, desde outubro de 2024, conduz ações estratégicas para apoiar cientificamente o espaço expositivo em desenvolvimento. O comitê é formado por oito servidores do Museu Goeldi, sob a presidência de Maria Emília da Cruz Sales, e tem como objetivo orientar a criação de conteúdos, pesquisas e projetos do novo museu. Entre as temáticas definidas como norteadoras estão diversos aspectos da Panamazônia, incluindo a Amazônia costeira e marinha; florestas e manguezais; territórios e maretórios; águas; além das dimensões indígena e negra da região. A atuação também abrange perspectivas culturais e simbólicas, como as estéticas amazônicas, literatura, cosmologias, culturas alimentares, visualidades, sonoridades, corporeidades, tecnologias e a Amazônia urbana. Ação de escutas O Goeldi realizou três rodadas de escutas com profissionais e representantes de organizações sociais da Amazônia brasileira e da Panamazônia. O objetivo foi reunir subsídios para a elaboração de uma proposta de plano museológico, que será apresentada ao Comitê do Goeldi, ao Comitê Executivo do Museu das Amazônias (MAZ) e ao Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM) do Pará. No país, os parâmetros museológicos seguem o Estatuto de Museus e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O Goeldi, pioneiro na Amazônia e referência no Brasil, se destaca tanto na produção científica quanto na formação de coleções singulares. No setor de Botânica, o Herbário João Murça Pires reúne mais de 250 mil amostras de plantas coletadas ao longo de 130 anos. Na área de Ciências Humanas, a instituição mantém um acervo etnográfico com quase 15 mil itens, arqueológico com cerca de 30 mil peças e linguístico com 20 mil registros de 80 etnias. Além disso, abriga coleções de fósseis, minerais, rochas, solos e acervos documentais, presentes no Arquivo Guilherme de La Penha e na Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna. Ao todo, o museu possui mais de 3 milhões de registros. Entre as funções essenciais do Goeldi está a salvaguarda da memória coletiva por meio da gestão criteriosa desses acervos, garantindo a preservação do patrimônio científico e cultural da região. “Conduzir a implementação do Museu das Amazônias enriqueceu, de forma singular, a trajetória do IDG. É um imenso orgulho ter participado desse processo coletivo e transformador que, ao lado de parceiros que integram a história de luta da Amazônia, ampliou nossos horizontes e nos aproximou de importantes causas pelo respeito à natureza, pela ciência e pelos saberes ancestrais”, destaca o diretor-geral do IDG, Ricardo Piquet. A realização do Museu das Amazônias se dá por meio da parceria entre Governo do Pará, MCTI, Instituto Cultural Vale (ICV), Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) e BNDES. Além do IDG e do Museu Goeldi, que integram o Comitê Executivo responsável por estabelecer as diretrizes de comunicação, programação e sustentabilidade financeira do espaço cultural. Inauguração Dia: 4 de outubro Funcionamento: 10h às 20h Endereço: Complexo Porto Futuro II - Armazém 4ª. Bairro do Reduto. Belém (PA) Entrada gratuita até fevereiro de 2026 Vídeos com as principais notícia do Pará Leia as últimas notícias do estado no g1 Pará